Exemplos de gamificação: é divertido ser mais produtivo

O Homo Ludens é um consagrado livro do Holandês Johan Huizinga em que se aponta uma característica intrínseca do ser humano e que ele desenvolve sempre voluntariamente e com prazer:

O ser humano gosta de jogar.

A definição de jogo de Huizinga é bastante completa:

“O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da ‘vida cotidiana’.”

Hora, se o ser humano gosta e se entregar ao jogo livremente, por que não usar isso como uma forma de motivação para que ele cumpra tarefas que, normalmente, não seriam tão atrativas?

É exatamente o uso deste tipo de iniciativa que podemos denominar de gamificação.

Veja nesta postagem alguns exemplos de gamificação e como ela pode ajudar a melhorar processos e motivar equipes em sua empresa.

Leia também: Como fidelizar clientes por meio da customer experience

Exemplos de gamificação que você mesmo pode verificar

Antes de mostrar alguns exemplos de gamificação, vamos entender seu conceito em mais detalhes:

Gamificação é o processo de integração da mecânica de um jogo, de sua estética e design e demais elementos lúdicos em outros tipos de interações humanas, como no trabalho, na colaboração social, na publicidade e no marketing.

Os elementos mais usados na gamificação são:

  • Pontuação
  • Comunicações bidirecionais
  • Feedback
  • Regras
  • Prêmios
  • Selos, adesivos e distintivos
  • Títulos que conferem privilégios aos participantes
  • Troféus

É possível encontrar exemplos de gamificação em aplicativos de produtividade, mídias sociais, sites colaborativos, campanhas de incentivo, ações de marketing e muito mais, sempre com o objetivo de envolver os participantes, gerar mais engajamento e produtividade.

Veja, a seguir, 3 interessantes exemplos de gamificação.

Veja também: Modelos de negócios disruptivos: a fórmula revelada

Transforme todos os seus dias em um jogo

Pense no aplicativo Foursquare. Ele está repleto de exemplos de gamificação, pois quanto mais a pessoa o usa, mas títulos e distintivos ela ganha.

O conceito chegou a ser extrapolado para o Foursquare Swarm, uma variante do Foursquare que se define assim:

“Fazendo um check-in no Foursquare Swarm você faz de sua vida um jogo: pontuação todos os dias com regalias do mundo real e o direito de se gabar, e até ser coroado o prefeito”

Conforme as pessoas se sentem atraídas pelos prêmios, adesivos e títulos, mais interações elas fazem nessa mídia social, tornando-a cada vez mais eficiente para quem a usa comercialmente e divertida para os usuários.

E aí, você já foi coroado rei de algum lugar?

Exemplo de gamificação no banco de imagens Freepik

Bancos de imagem como o Freepik funcionam de uma forma colaborativa bastante eficiente.

Fotógrafos e designers profissionais submetem suas artes ao site e, caso sejam aprovadas, passam a fazer parte do acervo.

Na outra ponta do negócio, empresários, agências de comunicação, autônomos e até pessoas comuns podem usar essas imagens de forma profissional, com todos os direitos garantidos, mediante o pagamento de uma taxa mensal.

O uso com a menção da autoria é gratuito para algumas imagens.

Mas como estimular aqueles que enviam suas fotos e ilustrações ao site para que cada vez mais produzam materiais de qualidade?

A resposta encontrada foi mais um exemplo de gamificação.

O perfil dos participantes vai recebendo troféus e distintivos conforme suas artes são selecionadas como preferidas, ou quantos downloads delas são feitos e outros critérios, como quantidade de uploads, comentários sobre os arquivos e até se são selecionados para aparecer na homepage do banco de imagens.

Assim, não apenas os participantes se sentem incentivados a contribuir cada vez mais, como os clientes conseguem pesquisar mais facilmente quem são os melhores ilustradores e fotógrafos.

Pokémon Go

Não poderíamos deixar de falar do Pokémon Go, esta febre que conseguiu ressuscitar um anime antigo e ajudar empresas e instituições a serem encontradas e atraírem clientes, usando monstrinhos guardados dentro de bolas virtuais como iscas perfeitas.

É verdade que este exemplo de gamificação lembra um pouco a ideia do Foursquare Swarm, mas chegou a requintes de originalidade inimagináveis, afinal, há até desafios e batalhas entre os participantes, não é mesmo?

Na verdade, o jogo é tão refinado e bem-acabado que podemos até dizer que, neste caso, não foi uma atividade comercial ou de trabalho que sofreu gamificação.

Podemos dizer o contrário: O game é que foi transformado em uma plataforma social de exploração de sua cidade, para que você conheça lugares onde nunca havia estado antes e, quem sabe, consumir alguma coisa por lá.

Confira: O que é dashboard: tudo que você precisa saber num piscar de olhos

HEFLO está longe de ser um jogo, mas sua interface de modelagem de processos é tão ergonômica e intuitiva que nem parece que você está trabalhando.

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