Quantos estágios usar na inovação de processos?

inovação de processos

A inovação de processos é um dos 3 tipos de inovação praticadas pelas empresas para tornar sua cadeia de valor mais eficiente e eficaz. Isto é: entregar o maior valor percebido ao cliente final, empregando a menor quantidade de recursos possível, sem deixar de atender ao nível de qualidade exigido pelos nem clientes, nem os objetivos estratégicos da organização.

Portanto, antes de falarmos da inovação de processos e seus estágios, vamos entender melhor os 3 tipos de inovação:

3 tipos de inovação

Inovação em produtos ou serviços

É a mais conhecida e consiste em desenvolver algo novo, que ainda não existia no mercado, ou melhorar a performance de produtos e serviços existentes, ou ainda acrescentar uma nova funcionalidade em um produto ou serviço.

Inovação de modelo de negócios

Os exemplos mais citados de inovação em modelos de negócios são empresas como AirBnB e Uber, que mudaram a maneira como o modelo de negócios de hotelaria e de transporte urbano funcionava.

Inovação em processos

O foco de nossa postagem está na inovação dos processos, que consiste em pensar em novas maneiras de realizar as etapas dos processos que constituem a cadeia de valor de uma empresa.

Normalmente, isso inclui uma mudança radical na forma como o processo era conduzido antes, e não se trata de uma melhoria contínua do processo, mas a implantação de algo novo.

É importante entender que a inovação de processos nunca é incremental ou contínua, por que envolve a mudança total, a substituição do processo por um novo.

Para entender melhor estes conceitos, confira algumas postagens anteriores de nosso blog:

Estágios da inovação de processos

Um dos mais citados exemplos de inovação em processos remonta aos primórdios da indústria automobilística, quando Henry Ford criou a linha de produção.

Outro exemplo também bastante conhecido foi o case da Dell, em que os computadores são montados em função das especificações dos clientes, praticamente sob medida para atender suas necessidades.

Mas como se chega a este tipo de ideia capaz de inovar processos de forma tão radical e bem-sucedida?

Algumas metodologias definem certas etapas para a inovação de processos, mas, no fundo, não são muito diferentes das etapas usadas em outros tipos de inovação, tais como: Identificação de oportunidades; compreensão da oportunidade; troca de ideias; ideação da inovação; seleção das melhores ideias e desenvolvimento da inovação.

Este tipo de sequência de etapas para a inovação de processos soa burocrática e engessada.

Por isso, para um efetivo aproveitamento e implementação da inovação de processos, sugerimos o uso de abordagens como o design thinking e as metodologias disruptivas, que vamos resumir a seguir.

Usando Design Thinking na inovação em processos

Basicamente a inovação baseada na metodologia do Design Thinking determina 4 estágios:

1- Inventar o futuro

Consiste em analisar a situação e encontrar algo que as pessoas precisam, mas ainda não tem.

Assim, no caso de inovação em processos, o foco pode ser tanto um benefício para clientes internos como externos.

Por exemplo: se em um escritório de direito os advogados sonham em conseguir pareceres de colegas especialistas em áreas que não atuam com mais rapidez, até mesmo uma solução rápida como adotar o Slack na empresa pode ser uma inovação no processo de comunicação interna.

2- Desenvolver um protótipo

No caso de nosso exemplo, poderia ser escolhido um grupo de advogados e criados alguns canais no Slack, por área de atuação.

3- Testar

Com tudo formatado como comentamos acima, um período de testes deve acontecer para que se possa coletar feedbacks dos usuários e adaptar a solução à suas reais necessidades.

4- Implantar

Com os atributos do novo processo definido, ele pode ser replicado para toda empresa, com muito mais segurança e assertividade.

Para uma visão mais aprofundada, leia este post de nosso blog:

O que é e como aplicar o Design Thinking em seu negócio

Inovação disruptiva em processos

Não há como esconder que estas duas metodologias têm muitos pontos em comum.

A pergunta que se deve fazer, neste caso, seria: que tarefas meus clientes (internos ou externos) precisam que seja feita por eles e ninguém está fazendo?

A abordagem é semelhante, o que só mostra o poder de sinergia das duas metodologias, se adaptadas para a inovação de processos.

Uma maneira muito comum de se perceber esse tipo de tarefa necessária para os processos da empresa, mas que ninguém se preocupou em resolver ainda, são as chamadas adaptações de uso.

Assim, se, por exemplo, a equipe de controle de qualidade está usando por iniciativa própria smartphones para fotografar peças que acreditam estar fora do padrão e enviando para análise mais apurada em um laboratório da empresa, por que não analisar, modelar, e automatizar esse processo, criando padrões e procedimentos?

Não seria possível desenvolver um aplicativo para esses smartphones que já tenha a resolução de imagem necessária e até uma escala de gradação definida estatisticamente para se aferir as medidas instantaneamente e agilizar tudo isso?

Portanto, se você quer dinamizar a inovação de processos em sua empresa, comece usando processos mais inovadores para isso. A solução, como em nosso exemplo hipotético, às vezes está bem mais próxima do que você imagina.

Veja também: Liderança disruptiva: respeito aos liderados e visão no futuro

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