Um subprocesso é um dos mais importantes conceitos da notação BPMN 2.0. E o motivo para isso é simples: quando realizamos a decomposição de um processo em diagramas de processos menores, aumentamos o nível de abstração do fluxograma principal e reduzimos a complexidade de todo o fluxo. Torna-se fácil entender a lógica do processo!
Poucos (e arriscamos dizer que provavelmente nenhum) processos de negócio complexos não envolvem um subprocesso ou vários deles.
Portanto, podemos definir um fluxograma de subprocesso como a representação de uma atividade que contém uma série de pequenas partes, isto é: essa atividade pode ser representada por um fluxograma de processo (neste caso, um fluxo de subprocesso), pois está inserido em um fluxograma de processo maior.
Para que isto fique mais claro, vamos relembrar que um processo é uma sequência de atividades e tem um início e um fim determinado.
Assim, enquanto um subprocesso é um atividade que pode ser subdividida em pequenas partes, uma tarefa é uma atividade que não tem subdivisões, ele corre em si mesmo.
Veja, a seguir, alguns exemplos de subprocesso BPMN 2.0 que vão deixar esta explicação mais clara para você.
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Fluxograma de subprocesso: exemplo com notação BPMN 2.0
Digamos que você desenhou um fluxo de processo de solicitação de materiais que em um determinado ponto existe um passo de separação como abaixo:
Por sua vez, a “Separação de materiais” (neste caso o subprocesso) pode ser decomposta em várias atividades conforme o sub-fluxo expandido abaixo:
Exemplo de subprocesso BPMN 2.0
Veja agora no fluxo de processo abaixo dois casos de reutilização e decomposição. O primeiro é o subprocesso “Vender” que é decomposto em 3 tarefas. Já o segundo é uma “Atividade de Chamada”, que faz uma chamada para um processo de primeiro nível (fluxo de processo reutilizável):
No caso de “vender”, a caixa de tarefa é ampliada, no caso de “faturamento”, é visualizado o processo em outro fluxo de processo independente.
Importante: em versões antigas do BPMN existia o conceito de “subprocesso reutilizável”, porém com o BPMN 2.0 este conceito foi descontinuado! Se a ferramenta BPMN que você utiliza ainda não é compatível com o novo conceito de subprocesso dê uma olhada no HEFLO e crie uma conta para modelagem!
Outros exemplos de subprocessos BPMN 2.0: evento e “Ad hoc”
Existem alguns exemplos típicos de subprocessos, vamos tratar deles a seguir, veja:
Supbrocesso de Evento BPMN 2.0
Um subprocesso de evento está contido em um nível de processo específico (um subprocesso comum), ou em um processo de nível superior (fluxo principal do processo) e é acionado por gatilhos. Ele também pode interromper o fluxo principal ou iniciar uma instância paralela (Non interrupt).
Se o gatilho desse subprocesso acontecer enquanto o processo que o contém estiver em execução, então o subprocesso de evento será iniciado.
Perceba que, diferentemente de um subprocesso comum, o subprocesso de evento não tem uma entrada inicial ou fluxos de saída.
Repare no detalhe assinalado na figura abaixo que suas bordas são tracejadas e confira mais detalhes neste exemplo de nossa biblioteca: Não Conformidade
Supbrocesso “Ad hoc” BPMN 2.0
Subprocessos Ad hoc têm a característica de não estarem conectados a outros elementos do processo, e seus elementos internos também não estão conectadas entre si.
Isso significa que essas tarefas podem acontecer a qualquer momento.
Veja um exemplo de fluxograma de processo Ad hoc:
Supbrocesso “Loop” BPMN 2.0
Neste caso, o subprocesso será sinalizado com um círculo com uma seta, indicando que o subprocesso se repete até que determinada condição se confirme. Se isso ocorrer, o fluxo finaliza, caso contrário, o subprocesso se reinicia, semelhante ao comportamento de um loop de programação.
Como você viu, o uso de uma ferramenta de modelagem de processos será muito útil para fazer as notações corretas, em BPMN 2.0, na hora de indicar um fluxograma de subprocessos.
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