Usualmente o BPM (Segundo conceitos BPM do CBOK) é dividido em 9 áreas de conhecimento, que seriam:
- Modelagem de Processos.
- Análise de Processos.
- Desenho de Processos.
- Implementação de Processos.
- Gerenciamento do Desempenho dos Processos.
- Transformação de Processos.
- Tecnologias de Gerenciamento de Processos de Negócios.
- Organização de Gerenciamento de Processos.
- Gerenciamento de Processos Corporativos.
Mas a verdade é que não basta dominar estas áreas de conhecimento, é preciso saber empregar isso dentro de uma ordem de ações interligadas chamada de Ciclo de Vida BPM.
Vamos apresentar a seguir cada uma destas fases do Ciclo de Vida do BPM e detalhar algumas características desses momentos do ciclo, que são 6:
- Planejamento e Alinhamento Estratégico.
- Análise de Processos.
- Desenho de Processos.
- Implantação dos Processos.
- Monitoramento dos Processos.
- Refinamento de Processos.
O Ciclo de Vida BPM passo a passo
1- Planejamento e Alinhamento Estratégico
Para se obter uma visão ampla dos processos da empresa em sintonia com a cadeia de valor e o planejamento estratégico da organização.
Nesta fase é preciso analisar toda documentação disponível e assimilar de que maneira os processos estão alinhados aos serviços prestados, atendimento ao cliente, apoio a gestão e vendas. Para isso, devem ser executadas 4 etapas:
- Emoldurar a organização.
- Identificar os processos primários, de gestão e de apoio.
- Identificar indicadores de desempenho.
- Preparar para análise de processos.
2- Análise de Processos
Nesta fase do ciclo de vida BPM é preciso observar os processos exatamente da maneira que estão acontecendo na empresa neste momento, só assim se poderá conseguir um “retrato” que permitirá a modelagem e avaliação dos processos da organização.
É com esta análise do momento atual que será possível entender o que poderia ser melhorado, visando as fases seguintes do ciclo BPM.
Estes são os entregáveis desta fase:
- Compreensão da estratégia, metas e indicadores.
- Entendimento do negócio e contexto dos principais processos.
- Visão geral dos processos na perspectiva funcional.
- Entradas e saídas, incluindo clientes e fornecedores.
- Trocas de responsabilidades entre equipes (handoffs).
- Avaliação dos recursos disponíveis e utilizados.
- Mapeamento das regras de negócio.
- Documentação completa denominada “AS IS”. Veja como documentar processos com uma ferramenta BPMN para modelagem.
3- Desenho de Processos
Chegou a hora de tomar decisões em relação a tudo que foi detectado na fase anterior, chamada de AS-IS.
Agora que já se conhecem os gargalos, as falhas, os atrasos e outras deficiências do processo analisado (com o maior detalhamento possível), é o momento de se alinhar com os objetivos estratégicos da empresa e desenhar um novo processo. Para isso, não se pode deixar de fazer simulações ou prototipagem com base em cenários, e incluir as melhorias necessárias.
Veja abaixo um desenho esquemático para geração do desenho segundo o guia CBOK da ABPMP.
Estes são os entregáveis desta fase do ciclo:
- Modelagem e documentação dos processos em seus diversos níveis.
- Identificação das necessidades de dados e integrações.
- Documentação das regras de negócio e sua necessidade de controle e automatização.
- Estratégia clara para eliminar problemas de handoff.
- Métricas esperadas para o processo.
- Análise comparativa entre cenários de processos.
- Simulação ou testes de processo.
- Estratégia de automatização.
- Criação do plano de implantação.
Fique atento:
Muitas das vezes a equipe de designers de processos se perde com o conceito de que o processo TO BE deve ser o ideal. Neste ponto tenha bom senso, considere seus recursos e mantenha foco naquilo que é realmente importante para o seu cliente. O cliente não pode ficar a vida toda esperando a solução perfeita.
A perfeição é uma montanha impossível de escalar que deve ser escalada um pouco a cada dia. - Código Samurai Click To Tweet4- Implantação dos Processos
A implantação é uma fase do ciclo de vida BPM que pode ser executada de duas maneiras. Através de uma implantação sistêmica, isto é, com auxílio de tecnologias e softwares específicos para isso, ou a implantação não sistêmica, que não conta com esse tipo de ferramenta BPMS.
Independente de qual for ser empregada, o objetivo será o mesmo: permitir e pôr em ação a execução dos processos como foram definidos e documentados, na forma de um fluxo de trabalho.
Confira esta série de vídeos sobre automatização de processos de negócio:
>> Assistir Automatização de Processos de Negócio – BPM
5- Monitoramento dos Processos
Toda empresa tem objetivos estratégicos. E é nesta fase do ciclo BPM que será possível descobrir se os processos estão alinhados com esses objetivos, monitorando-se indicadores adequados à avaliação dos resultados obtidos.
Os indicadores de desempenho mais empregados costumam envolver 4 dimensões:
- Tempo de duração do processo.
- Custo monetário despendido com o processo.
- Capacidade: quanto o processo efetivamente produz?
- Qualidade, que analisa se há muitos erros e variações que afetam uma entrega satisfatória aos clientes do processo.
6 – Refinamento de Processos
E neste momento que se dará início a melhoria contínua dos processos. Ao se analisar o monitoramento da fase anterior e perceber se os objetivos estratégicos estão ou não sendo alcançados, se as metas definidas na modelagem estão sendo atingidas em relação aos resultados realmente observados na prática.
O refinamento de processos também pode ser chamado de uma transformação dos processos por meio de uma evolução planejada e sempre monitorada em relação aos resultados medidos. O foco deve estar na melhoria do desempenho, na redução de custos e no atendimento das necessidades dos clientes e do relacionamento com eles.
É por isso que toda esta cadeia de atividades se chama Ciclo de Vida BPM: voltamos ao início! Agora que está tudo implantado e em andamento, vamos analisar novamente os processos, verificar se estão alinhados com os objetivos estratégicos e ir refinando continuamente, sempre com o objetivo de entregar o maior valor percebido ao cliente, gerando mais lucro para a empresa!
Nesse contexto, fica claro que não só a análise e modelagem, mas, da mesma forma, o monitoramento vai depender do uso de boas ferramentas BPM, ágeis, intuitivas e transparentes.
Assista também este vídeo que preparamos para explicar em detalhe as 6 fases do ciclo de vida BPM:
>> Assistir Fases do Ciclo de Vida BPM – Gerenciamento de Processos de Negócio
Você tem alguma outra dica sobre o ciclo de vida BPM?
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6 Comentários. Deixe novo
Muito bom o material. Ajudou bastante em minha pesquisa.
Obrigado Uender
Muito bom o material.
Obrigado.
Excelente material, ajudou no gerenciamento de um projeto de BPM que estou implementando em um Tribunal.
Obrigado Marcio