Arquitetura é uma palavra que vem do grego e significa estrutura principal.
Portanto, se você quer saber o que é arquitetura empresarial, podemos defini-la como a maneira como as grandes estruturas que definem seu negócio modelam as etapas de captura valor ao longo do processo produtivo, para entregar o maior valor percebido possível ao cliente final.
Usualmente, esta estrutura da arquitetura empresarial é dividida em 5 diferentes níveis:
- Missão
- Visão
- Estratégia
- Objetivos
- Ações
- Operações
Assim, podemos definir o que é arquitetura empresarial (em uma ordem hierárquica que vai do nível mais abrangente para o mais focado), a partir da definição da:
- razão de ser do negócio, o que ele pretende oferecer para a sociedade (sua Missão);
- aonde se quer chegar com ele em longo prazo, geralmente 20 anos (a Visão de futuro); as maneiras de identificar e criar vantagens competitivas sustentáveis para construir esse futuro (a Estratégia);
- como as lideranças vão organizar as pessoas e definir projetos de forma prática, apoiados na cultura (as Ações);
- para que os elementos da ação empresarial, produtos, processos, pessoas e tecnologia, possam agregar valor a todas as etapas do processo de geração de bens e serviços (as Operações).
A definição do que é arquitetura empresarial é longa porque abrange desde o nível estratégico, passando pelo tático e chegando ao operacional, isto é: absolutamente tudo o que se faz em uma organização corporativa.
Saiba mais: Arquitetura de processos: a base do BPM em sua empresa
Afinal, o que é arquitetura empresarial na prática?
À vezes, depois de um exercício conceitual como este, ficamos com a impressão de que falamos muito, mas dissemos pouco.
Como traduzir tudo isso na prática do dia a dia, auxiliando na definição de estratégias, na implementação das táticas e no controle de tarefas?
Você, com certeza, já deve ter ouvida falar em frameworks, matrizes e ferramentas de gestão estratégica de negócios usadas exatamente para definir alguns elementos tratados acima.
Para contextualizar melhor todas essas teorias e definições, e como elas influenciam no gerenciamento de processos, vamos falar um pouco sobre algumas delas.
Veja também: Como maximizar uma estrutura organizacional por processos
As 3 maneiras mais usadas para definir arquitetura, estratégia e operações empresariais
No fundo, estes 3 métodos são uma maneira eficiente de ganhar tempo na hora de organizar suas ideias para pôr a empresa para funcionar no caminho certo, analisar os resultados, e gerenciar as mudanças para assegurar a melhoria contínua dos processos.
1- Matriz SWOT
Possivelmente a mais conhecida das ferramentas de posicionamento estratégico, a Matriz SWOT (Strengths, Weakness, Opportunities & Threats) Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças, em português, analisa os ambientes interno e externo da empresa.
O ambiente interno, aquele que você pode controlar, abriga as forças (tecnologia superior ou localização privilegiada, por exemplo) e as fraquezas (tais como uma força de vendas inexperiente ou um maquinário obsoleto). Note que é possível mudar essas forças e fraquezas, se assim decidir a empresa.
O ambiente externo engloba tudo aquilo que a empresa não pode controlar, como forças da natureza, decisões políticas ou a conjuntura econômica, entre muitos outros. Exemplos de oportunidades poderiam ser a diminuição de impostos ou a construção de uma nova estrada pelo governo, próxima de sua fábrica. Ameaças poderiam ser a alta dos juros ou o fechamento de um porto exportador de sua matéria prima, devido a uma guerra.
A Matriz SWOT mapeia esses 4 elementos e busca maneiras de usar as forças para potencializar oportunidades ou se defender de ameaças, ou de reforçar as fraquezas para se defender de ameaças ou evitar que atrapalhem as oportunidades.
2- Balanced Scorecard – BSC
O conceito de Balanced Scorecard busca ampliar os indicadores de desempenho usados para medir os progressos da empresa em 4 perspectivas (Financeira, de Mercado, de Processos Internos e Aprendizado.
A seguir, deve-se usar toda uma metodologia que definirá a gestão estratégica, a mensuração de processos, a estratégia, os objetivos, indicadores, metas e iniciativas estratégicas, tudo isso resumido em um mapa estratégico.
Confira: 3 exemplos de Balanced Scorecards e sua aplicação na empresa
3- Modelo de Negócios Canvas
Baseado em um quadro (Canvas é tela, em inglês) dividido em 9 áreas, o Modelo de Negócios Canvas é muito usado por startups devido a sua praticidade e velocidade na tomada de decisão, ao se preencher cada uma das 9 áreas, que são as seguintes:
- Proposta de Valor
- Relacionamento com o Cliente
- Canais
- Segmentos de Clientes
- Receitas
- Parceiros
- Atividades Chave
- Recursos Chave
- Custos
Confira também: Tudo sobre a governança de processos e sua importância