Imagine que você é um corretor de seguros para clientes corporativos.
Faz visitas diárias a diversos clientes e precisa apresentar propostas para os mais diversos tipos de sinistros, para empresas dos mais diferentes portes e ramos de atuação.
Já pensou, toda vez que surge uma oportunidade fechar uma venda, ter que voltar para o escritório, consultar manuais e redigir uma proposta complexa?
Com certeza muitos negócios serão prejudicados.
E se você pudesse contar com um sistema de regras de negócios bem definidas e automatizadas, que pudessem fornecer rapidamente, mesmo que de forma preliminar, os parâmetros principais da proposta, antes do “aceite” do departamento jurídico?
Com certeza suas vendas iriam aumentar.
É sobre isso que tratam as regras de negócios: tornar os resultados de sua empresa melhores e agregar valor às soluções oferecidas aos clientes por meio de uma tomada de decisão ágil, confiável e assertiva.
Por que as empresas precisam de regras de negócios?
A implantação de melhorias nos processos de seus negócios é uma preocupação constante de todo gestor.
Mas, um erro muito comum nas empresas é deixar de lado uma peça fundamental para qualquer organização: suas regras de negócio.
Esse descuido pode gerar grandes prejuízos e até mesmo frear um melhor desempenho da empresa.
Por isso, é preciso que você se atente à implantação de um sistema para regras de negócio em sua empresa que seja verdadeiramente eficaz.
Mas, como realizar essa tarefa?
Saiba a seguir!
Veja também: O que são regras de negócio e quais as vantagens de aplicá-las em uma empresa
O que são regras de negócio?
Regras de negócios são declarações que irão guiar o funcionamento adequado de seus negócios.
Elas podem ser mais simples, ou mais complexas, chegando a envolver até mesmo regras de lógica.
Mas elas possuem a função de definir, basicamente o que, onde, quando, porquê e como algo deve ser realizado dentro de uma organização.
Por exemplo: se sua empresa fornece descontos de 10% nas compras realizadas através de seu site no dia do aniversário de um cliente, essa é uma regra de negócio.
Esse benefício (o que) deverá ser aplicada no aniversário (quando), precisa acontecer em compras através do site (onde), com um valor de 10% (como) para agradar o cliente em seu dia festivo – e, quem sabe, fidelizá-lo (porquê).
Mas, é preciso compreender que as regras são as mais variadas possíveis e devem estar sempre de acordo com as políticas, objetivos e especificidades de cada empresa.
Elas poderão criar vantagens associadas a:
- Reduzir custos;
- Tornar as estratégias da empresa mais fortes;
- Ajudar nos processos de tomada de decisão;
- Proporcionar um maior controle de processos;
- Oferecer benefícios a clientes de maneira controlada e bem planejada;
- Uma maior agilidade em processos;
- Reduzir problemas com inadimplência de clientes.
Definição, armazenamento e acesso às regras de negócios
As regras de negócio podem ser definidas e armazenadas pela organização através de várias formas:
- formal;
- informal;
- escrita;
- automatizadas.
As empresas que conseguem compreender o importante papel que as regras de negócios possuem, não apenas optam por torná-las formais, mas, também, automatizadas.
E, preferencialmente, fazem isso com auxílio de um bom sistema para regras de negócio.
Essa é a opção ideal para qualquer empresário que leve a sério os processos de sua empresa.
Até porque, considere: como declarações que irão determinar comportamentos em um negócio podem ser tratadas de maneira informal ou, ainda, circularem através de folhas de papel ou e-mails?
Imagine uma seguradora.
Há uma imensidão de possibilidades de seguros a serem oferecidos, determinados pelas diversas informações relacionadas ao perfil de cada cliente.
Para que a empresa consiga estabelecer valores e condições que se adequem a situação e a cada comprador, ela precisará contar com regras de negócio estabelecidas e bem definidas.
Por exemplo, um motorista homem, de 40 anos, cliente há 15 anos, com duas ocorrências em seu histórico é taxado em R$ 100,00.
Outro, solteiro, 20 anos, cliente há 1 ano e com três ocorrências, terá seu seguro aprovado no valor de R$ 300,00.
Certamente, a diferença na aplicação do seguro não teria o mesmo valor cobrado aos dois, devido às especificidades consideradas pela empresa em relação a seus perfis e históricos.
Agora, pense na confusão que haveria se não existissem tais diretrizes e se os valores fossem determinados caso a caso, pelo próprios analistas de negócios.
Ou, ainda, se as regras estivessem escritas em grandes manuais que os funcionários precisassem folhear para encontrar a opção correta e relacionar a cada um de seus clientes?
Ou, até mesmo, o tempo desperdiçado e a grande possibilidade de erros ao colocá-las em prática, se os dados estivessem em tabelas no Excel ou registradas em ferramentas lentas no computador?
Certamente, a seguradora entraria rapidamente em colapso, ou, com sorte, até permaneceria funcionando a curto prazo, mas muito longe de seu potencial.
E sem nenhuma vantagem competitiva em relação ao seus concorrentes.
Isso acontece porque a quantidade de informações a serem registradas, comparadas, analisadas e compartilhadas sobre o perfil dos clientes é gigantesca.
Manter regras de negócio pode até acontecer no papel, ou em ferramentas de computador não tão especializadas, mas seria muito difícil conseguir acessá-las e usá-las com eficiência.
Imagine, ainda, se há um aumento da inflação ou uma nova lei estabelecida e as regras precisam ser atualizadas manualmente.
Redigir novos manuais, imprimi-los e enviálos a todos os colaboradores – algo impesnsável!
E mesmo que haja um repositório digital, como um Drive Compartilhado, a segurança, confiabilidade e agilidade de acesso aos dados é infinitamente menor do que no caso do uso de um motor para regras de negócio.
E esses fatores externos não são apenas comuns, mas frequentes, o que acaba por demandar atualizações das regras de uma forma simples e ágil, por meio de uma interface intuitiva.
Nesse contexto, um motor de regras de negócio será a melhor maneira para que essas informações sejam compartilhadas da forma correta, com a rapidez e segurança necessárias.
Confira este infográfico com um visão geral sobre Sistema para Regras de Negócio:
Sistema para regras de negócio (BRMS)
A resposta para essa questão está, justamente, em codificar as informações e automatizar esse processo através do uso de um sistema para regras de negócio.
Conhecidos como BRMS – Business Rules Management System -, em inglês, são aplicativos que proporcionam as condições necessárias para:
- Identificar;
- Definir;
- Racionalizar;
- Gerenciar o ciclo de vida das regras de negócios.
É resumo, é preciso buscar um software capaz de armazenar tais informações, tornar possível seu compartilhamento, o seu fácil acesso, a modelagem das regras e o acesso aos dados.
Mas, qual?
O ERP (Enterprise Resource Planning), por exemplo, é uma ferramenta bastante considerada quando o objetivo é integrar processos em uma empresa.
Entretanto, não é a opção mais adequada para o caso de regras de negócio: eles podem ser uma opção de software muito cara e lenta para se manter.
Em comparação, um BPMS (Business Process Management Suite), aparece como um software capaz de constituir um sistema para regras de negócio considerado adequado a qualquer empresa.
Saiba mais: AS 10 perguntas para escolher um Low Code BPM para seu negócio
Mas o que buscar em um sistema para regras de negócios ideal?
Na hora de escolher um motor de para regras de negócios, você pode se deparar com várias opções no mercado disponíveis no modelo SaaS.
Mas, afinal, como fazer uma boa escolha?
Para implantar em sua empresa um eficiente sistema para regras de negócio, procure alternativas de softwares que apresentem:
1- Ambiente Integrado de Desenvolvimento
É importante contar com um IDE (Integrated Development Environment – Ambiente Integrado de Desenvolvimento).
O ambiente de configuração deve ser amigável para que uma pessoa com pouco ou nenhum conhecimento técnico consiga fazer todas as configurações da regra. O ideal é que seja feito por um analista de negócios ou processos.
2- Um repositório centralizado das regras de negócios e suas documentações
Trata-se de um banco de dados centralizado onde são mantidas todas as regras de negócio. Deve incluir a configuração da lógica da regra de negócio, a documentação e as autorizações.
3- Integração com ferramentas de desenvolvimento
Para que a execução das regras sejam automáticas, é fundamental que existam integrações com sistemas de informação e BPMS.
Isso garantirá que elas sejam sempre respeitadas e não ocorra nenhum erro de compliance.
4- Criação, implantação e testes lógicos
Quando criamos ou modificamos uma regra de negócio precisamos ter a certeza de que ela não introduzirá nenhum erro no ambiente de operação.
Para isso, o BRMS deve prover recursos de teste e workflow entre ambientes de desenvolvimento, homologação e produção.
5- Lógica de negócios aberta para reutilização
Às vezes uma mesma regra de negócio pode ser reutilizada em diversas situações.
Por exemplo: se uma empresa vende vários produtos financiáveis, é importante que a regra de negócio de concessão de crédito seja padronizada, e invocada por todos os sistemas de informação envolvidos.
6- Colaboração
O ambiente deve permitir que várias pessoas envolvidas sejam capazes de contribuir com a criação, manutenção e evolução das regras de negócio.
Confira também: Saiba mais sobre Plataforma Low Code e Low Code BPM
É importante, ainda, ressaltar que um sistema para regras de negócio não deve possuir caráter imutável.
Já que, assim como as demandas, há elementos internos e externos à empresa em constante mudança e que irão influenciar nas próprias regras.
Quer conhecer um software BPM para modelagem, documentação e automatização de processos e suas regras de negócios?
Acompanhe este vídeo:
>> Assistir Gateways e Regras de Negócio | Como Realizar Desvios Automáticos
Você já usa um sistema de regras de negócio em sua empresa?
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